terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

O Jogador Guineense Sana Assinou um contrato com Valladolid: que quase lhe arruinou a carreira.

Saná. O nome diz-lhe qualquer coisa? Talvez comece a ter algumas luzes, se recuar até ao Verão de 2011, quando Portugal caiu apenas aos pés do Brasil na final no Mundial de sub-20. Lassana Camará jogou precisamente esse encontro decisivo, despertou, à semelhança de muitos outros dessa geração, a cobiça de vários clubes. Decidiu-se pelo Valladolid, na altura na II Liga espanhola, depois de terminar contrato com o Benfica onde se formara, já depois de ter atuado por empréstimo no Servette na última época. Era um mundo novo que se abria para o jovem, num clube que apostava no regresso ao escalão principal, e onde esperava ser feliz. Mas correu tudo mal. «Foi muito duro aquilo por que passei. Resolvi falar porque ficar calado seria pior para mim. Tinha de falar para encontrar apoio e foi ai que apareceu o Sindicato de Jogadores e o meu atual empresário [Nélson Almeida], que mesmo sabendo dos problemas todos quis ajudar-me ao contrário dos que me levaram para Espanha, que ficaram de braços cruzados», conta ao Maisfutebol. Primeiro foram os ordenados em atraso, seguindo-se muita chantagem psicológica. «Alegavam que eu não jogava porque ia à seleção. Depois, pedi para ser emprestado a outro clube e responderam-me que se me queria afirmar, tinha de ser no Valladolid. Deram-me um documento, para assinar por uns agentes, senão não poderia sair a bem», prossegue. «Eu não assinei nada, não sei o que aconteceu, mas o clube deve ter feito alguma coisa. Rescindi e vim para a Académica. Fomos a Espanha para resolver as coisas, mas, no dia do fecho do mercado, em vez de mandarem o certificado internacional, o presidente manda-me uma declaração a admitir que fiquei com dois milhões de euros e tinha de pagá-los à razão de 2500 euros/mês para me libertarem», acusa.

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