Jogadores
da selecção nacional de futebol relataram hoje, 12 de Maio, as dificuldades que
estão a ter na viagem de Lisboa para Zâmbia. País que defrontam amanhã, sábado,
no jogo de apuramento para a Taça das Nações Africanas (CAN 2017).
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DJURTUS |
Falando à Rádio Jovem de Bissau, Da Silva, Ivanildo,
Sami, Zezinho e Amido Baldé manifestaram-se indignados "com a
desorganização" que estão a enfrentar desde que saíram de Lisboa, na
quinta-feira, encontrando-se agora na Etiópia.
"Estou triste com tudo isso. Se perdermos, vão dizer
que não prestamos para nada, quando na realidade perdemos por falta de
organização. Como é que é possível uma selecção na véspera do jogo não
treinar", questiona Da Silva.
A Guiné-Bissau defronta a Zâmbia no sábado, em jogo do
Grupo E da qualificação para a fase final da Taça das Nações Africanas de 2017,
a disputar no Gabão.
“Djurtus” comandado pelo técnico luso, Paulo Torres,
concentrou-se em Portugal, de onde seguiu de viagem em direcção à Zâmbia.
Os jogadores questionam o itinerário escolhido e dizem
que seria mais fácil viajar de Lisboa para Lusaca (capital da Zâmbia), fazendo
escala em Luanda.
"Gostava de saber quem escolheu esta rota. Isto é,
um crime o que estão a fazer connosco", rematou Zezinho.
Os jogadores guineenses tiveram que pagar do seu próprio
bolso a estadia num hotel em Roma, onde fizeram escala.
Depois de 14 horas de espera na capital italiana,
seguiram na última madrugada para a Etiópia onde se encontravam até às 10:00 de
hoje.
"Quem escolheu este itinerário não percebe nada de
futebol. Nem uma caravana de turistas merece este tratamento", defendeu
Ivanildo, jogador da Académica de Coimbra.
Ainda hoje a comitiva guineense, composta por 20
jogadores, seis dirigentes e corpo técnico, segue de autocarro da Etiópia para
a Zâmbia.
"Mais de 25 horas de viagem é desgastante. Viajar de
avião e depois de autocarro para ir jogar. É complicado", disse o avançado
Sami.
O director-geral do Desporto guineense, Carlos Costa,
disse que o Governo disponibilizou os meios necessários e que coube à Federação
de futebol a escolha do itinerário da viagem, pelo que "as
responsabilidades terão que ser apuradas".
LUSA/O Golo-GB
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